Nilo Pereira Maranhão (Santarém), nasceu a 8 de outubro de 1938, na cidade paraense de Santarém. Lá mesmo começou sua carreira de futebolista atuando pelo Estrela do Norte Futebol Clube, transferindo-se mais tarde para o São Francisco pelo qual foi campeão em 1956. Veio para Manaus trazido pelo seu tio, Álvaro Maranhão, ex-jogador de vários clubes locais e, na época, árbitro dos quadros da Federação.
Santarém inscreveu-se no São Raimundo E.C. juntamente com o meia armador Edson, considerado o melhor jogador de futebol daquele município, ainda no amadorismo, em 1957.
Edson ficou pouco tempo na Colina. Foi para Belém e lá brilhou defendendo as cores do Clube do Remo: Santarém foi ficando por aqui, ganhou cartaz pelos gols que marcava e pela dedicação ao clube, tornando-se ídolo da torcida em pouco tempo.
Em 1961 conquistou seu primeiro título pelo São Raimundo, numa competição disputada em três turnos. Um supercampeonato de muita luta muito suor ao lado de Valdir Melo, Sales e Antônio Carlos; Coelhinho, Chicó e Tiririca; Cristóvão, Álvaro (Didi), Santarém, Almir e Vadinho, além de Dídimo, Peguei-te, Rui e Nelson Mucura.
Artilheiro nato, Santarém era mestre no aproveitamento das jogadas de lançamentos longos. Ganhava os zagueiros na corrida. Bom chute, pernas longas, determinação e, acima de tudo disciplinado. Em muitos jogos foi o dono do espetáculo com gols incríveis.
Em 1958 figurou entre os primeiros artilheiros do campeonato com 5 gols; em 1959 marcou 11 gols; em 1960, foi o vice-goleador com 10 tentos; em 1961, vice artilheiro com 8 gols; em 1962, novamente vice com 7; em 1963, terceiro lugar com l2 gols; em 1964, principal goleador do campeonato com 13 gols; em 1965 só marcou 5 gols; em 1966 novamente vice-artilheiro, com 6 gols; em 1967, 3 gols; em 1968 voltou a ser vice artilheiro 6, num campeonato muito escasso de gols; em 1969 marcou quatro. Andou amargando o banco em 1969 porque perdeu a posição de titular para o “importado” Mário, mas deu a volta por cima e ainda foi o melhor goleador de seu time na mesma temporada, com 4 gols; em 1970 marcou 3 gols e um na Taça Amazonas.
Finalmente, em 1972, atuando pelo Rio Negro foi um dos principais artilheiros do campeonato, marcando 6 gols, no campeonato juntamente com Valmir Coutinho, do Nacional e Rolinha, do São Raimundo e 2 na Taça Amazonas.
Andou um tanto sumido dos jogos na temporada de 1970, mas no ano seguinte jogou pela Seleção do Amazonas que venceu a do Pará, no Estádio “Vivaldo Lima”, por 7×1 e marcou dois belos tentos e por isso foi chamado pelo Rio Negro para disputar o campeonato de 1972. Fez sua estréia vestindo a camisa barriga-preta, contra o América e logo aos 4 minutos de jogo deixou a sua marca numa vitória de 3 a 0 do Rio Negro que jogava com: Carlos Henrique, Dirlei, Valter, Manuel e Vanderlei; João Pereira e Adamastor (Parada); Garcia, Anizio, Santarém e Ever (Carioca).
Nesse campeonato, num jogo contra a Rodoviária, teve uma atuação de grande destaque, marcando os dois gols da vitória rionegrina no espaço de dois minutos. Aliás, gol relâmpago era com ele.
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